quinta-feira, 29 de setembro de 2011




Ele: amor, quero-te contar uma coisa.
Ela: conta.
Ele: sabias que os meus avós começaram a namorar aos 14 anos, e desde aí ainda estão juntos e felizes?
Ela: a sério?
Ele: sim.
Ela: isso é fantástico.
Ele: pois é, mas seria mais fantástico ainda se acontecesse entre nós, não achas?
Ela: esse é o meu sonho.
Ele: então vou realizá-lo, prometo.
(e este diálogo entre nós, é algo que jamais irei esquecer.)


Ao longo destes últimos meses, alimentei o sofrimento por te amar tanto sem ser correspondida, perdi muitos dias a massacrar essa enorme injustiça, uma vez que me deste motivos para lutar por tal relação. Mas lutava e lutava e não obtia quais-queres resultados fixos, sem ser aqueles aos quais poderia ou não ter, dependendo do teu estado de espírito e o teu querer naquele momento. Gosto de sonhar que isto ou aquilo vai acontecer, imaginar-me dentro de episódios de final feliz, como em novelas ou filmes, mesmo que saiba que não passa de tal imaginação. Mas sonho, bem alto para que o possa sentir e desfrutar ao máximo tal conto de fadas. E fui-me habituando assim, sempre à espera que voltasses para me fazer feliz, só mais uma vez. Mas à medida que o tempo passava, sentia o meu coração a fortalecer-se. Cheguei a pensar que já não te amava, apesar de saber que não te tinha esquecido, que provavelmente isso nunca aconteceria, mas que o teu lugar na minha vida era agora outro. Um velho e grande amigo que fez e ainda faz o papel de personagem principal na história da minha vida, pois conseguiu passar por cima de tudo e todos. Aquele amigo que cresceu a meu lado e que me fez crescer, mas também aquele que destruiu parte de mim. Aquele por quem fui capaz de dar tudo e alguma coisa para que se sentisse feliz. Aquele a que desejo a maior felicidade, pois por ele não tenho quais-quer vestígio de rancor ou raiva, porque enquanto pôde e quis, fez-me feliz, muito feliz. Aquele que apesar de todos os pontos e virgulas, vai permanecer aqui dentro, para sempre.

«Quando amamos alguém, não perdemos só a cabeça, perdemos também o nosso coração. Ele salta para fora do peito e depois quando volta, já não é o mesmo, é outro, com cicatrizes novas. Às vezes volta maior, se o amor foi feliz, outras regressa feito numa bola de trapos, em que é preciso reconstruí-lo com paciência, dedicação e muito amor-próprio. E outras vezes não volta. Fica do outro lado da vida, na vida de quem não quis ficar do nosso lado.»