segunda-feira, 1 de agosto de 2011


'Inventado*

Mãe : Filha? Não vens tomar o pequeno-almoço?
Raquel : Bom dia Mãe. Não, estou com pressa, vou ter com o Miguel. Volto depois da hora de almoço. Até logo.

E saiu porta fora, estava um frio tremendo mas mesmo assim não desistiu e foi ter com ele…


Miguel: Olá amor.
Raquel: Bom Dia …
Miguel: Estava a morrer de saudades tuas miúda !
Raquel: Se calhar nem tinhas assim tantas, para quem andou a sair todas as noites com os amigos, e pedir o número a todas as miúdas…
Miguel: Achas mesmo baby ? Eu só tenho olhos para ti … Queres dormir lá em casa hoje?
Raquel: Não sei, não sei.
Miguel: Vá lá miúda, vamos aproveitar a noite.
Raquel: Ok , pode ser. Vou mandar uma mensagem à minha mãe.

A mensagem dizia “ Mãe, desculpa não passar o dia contigo, vou dormir em casa de uma amiga . Beijinho grande. Até amanhã”.
Ela não gostava muito de lhe mentir, mas como a sua mãe não ia muito com a cara do Miguel, teve de arranjar uma desculpa, sem se lembrar dos problemas que isso podia trazer.


Raquel: Já está, podemos ir.
Miguel: Então, e o que é que a princesa quer fazer ?
Raquel: Tanto faz , desde que esteja contigo é o que importa.

Pobre miúda , estava iludida ( …. )  Chegaram a casa , escolheram um filme, estiveram a fazer pipocas e depois sentaram-se no sofá. A meio do filme , Miguel com outros interesses , puxou conversa ( …. )

Miguel: Amor, estou farto de ver o filme, não te apetece fazer outra coisa?

Nisto começa a beijá-la e nem tempo lhe deu para responder, o inesperado aconteceu, o que Miguel tanto queria e tanto esperava. Infelizmente para Raquel, ao acordar de manhã, olhou para o lado e não viu o suposto amor da sua vida, quando repara que em cima da mesa de cabeceira tem um bilhete “ Olá. Deixei-te o pequeno almoço pronto como já deves ter percebido… Desculpa, mas na verdade não és tu a mulher da minha vida, quero curtir a minha vida sem compromissos, quero puder sair com os meus amigos e pedir o número a todas as miúdas, e já que te estou a dizer isto , aproveito também para te dizer que te menti. Peço desculpa miúda, mas ainda tens muito para crescer . Miguel “.
Ao ler isto, desata a chorar, arrumou as suas coisas e voltou para casa ( … )

Mãe: Então ? Já voltas-te ? Tão cedo ?
Raquel: Desculpa mãe, mas já que o dia me começou a correr tão mal aproveito para dizer que te menti. Não era minha intenção, só o fiz porque não ias com a cara daquele palhaço, e sabia que não ias deixar dormir na casa dele , peço desculpa.
Mãe: Isso agora não importa, o que se passou afinal ?
Raquel: Lê isto, pode ser que percebas.

Depois de entregar o bilhete à mãe, pegou nas suas coisas e foi para o seu quarto. Fechou a porta à chave, e deitou-se na cama como se o mundo fosse acabar. Sua mãe, preocupada, subiu as escadas e foi em direcção ao quarto da sua pequenina…

Mãe: Filha ? Abre a porta por favor !
Raquel: Não mãe, não quero falar com ninguém , não quero sair daqui , deixa-me em paz.
Mãe : Eu percebo o que estás a sentir, mas não fiques assim. Vais ver que ainda vais encontrar o rapaz ideal, ainda és nova , aproveita.
Raquel: O rapaz ideal era o Miguel, pensava eu ! Só quero desaparecer , não merecia nada disto! Que ódio !
Mãe: Já percebi que não vais abrir a porta, se precisares de alguma coisa estou lá em baixo.

Pobre rapariga , passou dias e dias fechada no quarto, só saía para comer e voltava para o seu refúgio. Enquanto, Miguel aproveitava todas as noites para engatar uma miúda. Três meses depois, depois de Miguel já ter engatado umas 275 miúdas, parou uma vez para pensar e apercebeu-se que depois de 275 miúdas só uma o teria feito feliz, e o amou de verdade , e essa miúda era a Raquel. Que continuo a estudar , e estava prestes acabar o 12º ano. Seguiu com a sua vida em frente, e não queria tão cedo envolver-se com ninguém. Certo dia, cerca de 3 meses e 2 semanas , Raquel recebe uma mensagem que dizia “continuas a fazer parte de todos os meus sonhos miúda, beijo.” E de quem era ? Do Miguel, como era de esperar. Raquel irritada com tudo aquilo, nem sequer respondeu e Miguel esperava ansiosamente por uma mensagem sua. Mas isso nunca mais acontecia (…)
La Mano Arriba
Cintura Sola
Da Media Vuelta
Danza Kuduro …”

Era o telemóvel de Raquel a tocar. Atendeu, e por cobardia ou falta de coragem meteram a tocar :

Cada vez que eu te vejo,
cada vez que eu sinto o teu olhar,
quero chegar mais perto,
de ti.
E cada noite que passa,
um vazio invade o teu lugar,
imagino o quanto
eu preciso p'ra te amar.
Quantas noites chorei,
e quantas lágrimas deixei,
contigo no meu pensamento.
Beija-me outra vez,
deixa-me entregar,
assim como céu se entrega ao luar.
Dá-me o teu amor,
só mais uma vez,
diz-me que me amas baby, beija-me outra vez.”

Como ela não era burra nenhuma, percebeu logo o que se passava e mandou lhe uma mensagem “Talvez um dia, tu descubras que apesar de eu não ser nada do que tu querias, eu sou a que mais te completa. Talvez um dia descubras que eu faço falta. E  o dia em que tu descobrires isso tudo, eu descubro que ficar contigo não vale a pena."
No dia seguinte, recebe outra mensagem a pedir que apareça no jardim depois de almoço. Raquel com um pouco de receio e de dúvida decidiu aparecer. Quando lá chegou depara-se com um ramo de flores, e com Miguel que a esperava desde das 10h da manhã.

Raquel : O que queres?
Miguel: Temos de falar, ouve-me por favor … !
Raquel: Diz, mas rápido, não tenho o tempo todo.
Miguel: Eu amo-te, e agora estou a falar a sério. Acredita em mim por favor, eu preciso de ti, preciso mesmo de ti.
Raquel: Não me digas que já percorres-te todas miúdas do mundo e que nenhuma te quis? Também não seria para admirar … vá xau, fica bem.
Miguel (agarra-a pelo o braço) : Não, não percorri todas as miúdas do mundo, mas estive a pensar e percebi que és única e és a mulher da minha vida.
Raquel: Larga-me já ! Houve uma altura, que acreditava em ti, em tudo o que dizias , nos teus actos, nas tuas promessas, e houve um dia que me deixas-te sozinha e não voltas-te. E essa altura acabou.
                                          
                                  Virou costas, e nunca mais voltaram a falar … !'



                                                    
                                              Pois, de facto, não vales, é a verdade !